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SUSTENTABILIDADE NO CAMPO


74% do algodão plantado na Bahia recebeu certificação do Programa Algodão Brasileiro (ABR), que atua em benchmarking com o Better Cotton Iniciative (BCI), para a adoção sistemática de critérios socioambientais na produção.

Quando se trata de respeito às legislações ambiental e trabalhista, os produtores de algodão baiano estão fazendo a lição de casa e ganhando mais projeção internacional ao inserirem os critérios de sustentabilidade em toda a cadeia produtiva. De forma sistemática, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) vem visitando as fazendas e garantindo aos agricultores uma certificação que comprova as melhores práticas socioambientais sustentáveis, por meio do Programa Algodão Brasileiro (ABR), que atua em benchmarking com a Better Cotton Iniciative (BCI).
Na última safra, 2016/2017, 74% da área plantada de algodão recebeu a certificação, que abrangeu um total de 140,4 mil hectares e que comprovam excelência com parâmetros mundiais na adoção de práticas sustentáveis no campo, a exemplo do cumprimento de normas de saúde e segurança do trabalhador, legislação trabalhista, uso racional e preservação do meio ambiente e aplicação de boas práticas agrícolas na produção do algodão. Com estes selos, os agricultores baianos comprovam ações ambientalmente responsáveis e relações justas de trabalho. Eles também passam a ficar alinhados às demandas do mercado consumidor global, garantindo acesso irrestrito a novos nichos que prezam a qualidade da pluma e sustentabilidade em sua produção.
“Tivemos uma adesão em massa dos produtores de algodão baianos ao programa ABR, ou seja, quase a totalidade deles se interessaram e puderam avaliar as suas rotinas em todas as áreas, econômicas, ambiental e trabalhista, e 48 deles conseguiram passar pelos rigorosos critérios do programa  ABR/BCI. Isto mostra que os agricultores, principalmente do oeste da Bahia, já respeitam as legislações e se preocupam com o meio ambiente e a sustentabilidade”, explicou a coordenadora do programa Sustentabilidade da Abapa, a agrônoma Bárbara Bonfim.
Desde o início dos trabalhos do ABR, em 2011, houve uma evolução considerável nos últimos seis anos, quando a certificação dos produtores baianos saiu de 21,1% para 74,1%. Segundo o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, isto é também uma conseqüência do trabalho de sensibilização, apoio técnico e capacitação do programa ABR às equipes que assessoram diretamente ao produtor nas fazendas. “Nosso grande desafio nas próximas safras é certificar 100% da área plantada com algodão na Bahia, fazendo com que todas as propriedades estejam adequadas às normas vigentes, melhorando não só o método de produção de algodão, mas focando no bem estar e na segurança dos seus trabalhadores”, afirma.
O Brasil é hoje o quinto maior produtor de algodão mundo e o primeiro em fornecimento de fibra sustentável licenciada pela BCI.  O programa ABR derivou de uma iniciativa desenvolvida pela Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), em 2005, e foi replicado nacionalmente pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão a partir de 2009. Em 2013, teve início o benchmarking entre o ABR e a BCI. Só na safra 2016/2017, 76% da pluma produzida no Brasil e 74% da área plantada foram certificados.

Assessoria de Imprensa Abapa 
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