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ARTIGO: A busca pela Fé

A busca pela Fé

“A fé é um modo de se possuir o que ainda se espera” Hb 11, 1


Por Luana Barros
Imperatriz (MA)- Brasil


Cristãos com suas diversas denominações, espíritas, budistas, ateus, agnósticos; todos buscam uma harmonia interna através da fé em uma religião ou filosofia, para adequar-se à sociedade pós-moderna que se fundamenta em intensos conflitos nas relações sociais e motiva-se pela intensa busca do poder. E é através da fé que cada um busca sentido e plenitude para a vida, tentando diminuir a angústia e o sofrimento.

A palavra Fé é originária do Latim “fides” e do Grego “pistia” e significa a firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão. De acordo com a Biblia Sagrada, no livro de Hebreus; capítulo 11, versículo um, diz que “A fé é um modo de se possuir o que ainda se espera”.

Ela pode ser expressa de diversas maneiras: através de religiões, filosofias, crenças particulares, dentre outros.

Recentemente, a Revista Época divulgou uma pesquisa realizada por um grupo de cientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos. Os resultados demonstraram uma forte relação entre o nível de religiosidade e o índice de desigualdade econômica. De acordo com a pesquisa, “à medida que cresce a desigualdade, a religiosidade aumenta; mais entre os ricos do que entre os pobres”.

Mas a fé, em algumas religiões sustenta-se através do medo e da culpa. Assim, segundo Nietzche, foi o cristianismo que criou no homem o medo da vida e uma esperança no nada, negando suas vontades. Por isso, muitas vezes as pessoas são persuadidas a aceitarem uma determinada denominação religiosa por medo do que acredita-se ser o inferno e assim, não possuir a “vida eterna”, não sabemos no entanto até que ponto tais crenças podem ser comprovadas. Dessa forma, atribui-se a fé a crença no que não pode ser comprovado cientificamente ou no que é intangível.

Os teóricos:

O escritor Mário Quintana em 2001 escreveu: “O milagre não é dar vida ao corpo extinto, ou luz ao cego, ou eloqüência ao mudo... Nem mudar água pura em vinho tinto... Milagre é acreditarem nisso tudo!”

O pai da psicanálise nos explica em 1978 que não há necessidade de se investigar o valor da verdade das diversas doutrinas religiosas, basta apenas que saibamos reconhecê-las psicologicamente como ilusões para se bem viver em sociedade e alerta:

“A religião, é claro, desempenhou grandes serviços para a civilização humana. Contribuiu muito para domar os instintos associais. Mas não o suficiente. Dominou a sociedade humana por muitos milhares de anos e teve tempo para demonstrar o que pode alcançar. Se houvesse conseguido tornar feliz a maioria da humanidade, confortá-la, reconciliá-la com a vida, e transformá-la em veículo de civilização, ninguém sonharia em alterar as condições existentes” (Freud 1978, p.112).

Outras opiniões

A bióloga Juliana Carvalho afirma: “A fé vem além da razão. As ciências como a filosofia e a sociologia, assim como todas as outras são limitadas para entender tão profundo conceito”.

“Fé é acreditar com o coração. A fé não extingue a razão, mas a pressupõe. Através da razão chegamos a um ponto, no qual precisamos dar saltos no escuro. Como então conciliar essas coisas? Como ser racional e crer em realidades desconhecidas? É preciso buscar fundamentos para se crer no desconhecido, esta tarefa foi arduamente realizada pela Filosofia, principalmente a Patrística e a Escolástica, quando os filósofos se empenharam em argumentar o porquê deve haver Deus, quais as causas para a sua existência, expondo-o como “Causa Suprema” da existência de tudo”, explica Luís Hernandes Matos Leite, Licenciado em Filosofia.

A funcionária pública Dayane Evelin Pires de Sousa afirma: “Fé é a convicção de que as coisas não se limitam ao que os meus olhos podem ver. É crer que o que para mim parece impossível pode acontecer. É realizar o meu possível e esperar, confiantemente, na conclusão da obra, feita por Deus”.

Dessa, cada um ao seu modo expressa sua fé ou sua crença em algo ou alguém.



Intolerância:

Saber expressar uma convicção interior através de uma fé depositada é uma religião deve fundamentar-se essencialmente no respeito às outras denominações. Afinal, crer em algo não exclui a existência das demais crenças e denominações religiosas.

Intolerância religiosa é demonstrada através de um conjunto de ideologias e atitudes que ofendem a diferentes crenças e religiões. Em casos extremos esse tipo de intolerância pode tornar-se uma perseguição. Ferindo assim, a liberdade e a dignidade humana. Vê-se na história da humanidade diversos exemplos de intolerância e perseguição religiosa, como na Antiguidade quando os judeus e pagãos foram perseguidos.

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