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PSDB centra pedido de investigação em empresa de Palocci

Palocci

Jeferson Ribeiro

Em Brasília
Se depender do PSDB, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, ainda terá que prestar esclarecimentos adicionais sobre a atividade da consultoria Projeto, empresa que administra seus imóveis.

O partido protocola nesta terça-feira no Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf), em Brasília, um ofício que pede ao órgão para examinar se houve alguma movimentação atípica nas contas da empresa do ministro.
Palocci foi alvo de acusações, publicadas no domingo pelo jornal Folha de S.Paulo, de que seu patrimônio teria aumentado 20 vezes desde 2006. Ele rebateu as informações e alegou, em nota, que toda sua evolução patrimonial consta em sua declaração de Imposto de Renda.
Palocci afirmou ainda que a Projeto foi aberta em 2006 para prestar serviços de consultoria econômico-financeira, atividade que realizou até 2010. Depois, essas atividades foram encerradas devido ao seu cargo, e a empresa passou a funcionar como administradora de imóveis. A oposição, no entanto, não se convenceu e quer mais esclarecimentos de Palocci.
O PSDB também decidiu encaminhar, via Câmara dos Deputados, um requerimento para que a Receita Federal informe a situação fiscal da consultoria. Outro será dirigido à Controladoria-Geral da União (CGU) para saber se a empresa manteve relação contratual com algum órgão do Executivo federal.
O partido também apoia a iniciativa do DEM de convidar Palocci para explicar seu crescimento patrimonial na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara.
O ministro, segundo o jornal, comprou dois imóveis por meio da empresa Projeto. Um apartamento em São Paulo de 6,6 milhões de reais e uma sala comercial de 882 mil reais, ambos adquiridos antes de assumir o cargo no atual governo.
Apesar dos esforços da oposição para arrancar mais explicações de ministro, Palocci tem o apoio do Palácio do Planalto para se manter calado.
Nesta terça-feira, durante cerimônia no Planalto, o ministro foi chamado por repórteres para comentar as denúncias, mas evitou falar.
Visto pelo mercado financeiro como um grande defensor da estabilidade fiscal e das políticas econômicas ortodoxas no governo da presidente Dilma Rousseff, Palocci mantém uma relação próxima com a presidente desde a campanha presidencial e é um dos mais influentes em seu governo.
À Comissão de Ética da Presidência, que descartou na segunda-feira investigar o crescimento patrimonial, Palocci também informou que a Projeto atuava na área de consultoria e depois foi remodelada para se tornar apenas a administradora de seus imóveis.

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