Nova 01

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Militares do 3º Batalhão são punidos por tentarem fazer respeitar leis de trânsito

Como diz o ditado, “a corda só quebra do lado mais fraco”



Domingos Cezar



A cidade de Imperatriz, pólo de desenvolvimento da região tocantina possui atualmente um trânsito considerado até certo ponto caótico, creio que por dois motivos: primeiro em função do elevado número de pessoas de municípios do Maranhão, Pará e Tocantins, que diariamente necessitam dos serviços oferecidos nas áreas da medicina, da educação, enfim, em todos os setores da economia.
Em segundo lugar, porque muitos condutores de veículos burlam as leis de trânsito, as leis ambientais, a lei de silêncio, e tantas outras que buscam corrigir falhas nesses setores. E esses irresponsáveis, não respeitam os direitos de ir e vir dos outros, do sagrado direito do trabalhador dormir em paz após um longo dia de trabalho e de estudos, entre outros afazeres da vida moderna.
Quem mora no setor da Beira Rio sabe muito bem do que estou falando (escrevendo). Alguns motoristas não respeitam nem mesmo o horário das 17h00 às 20h00 estabelecido pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Setran), para que as pessoas possam realizar suas caminhadas com tranquilidade. Eu mesmo, por exemplo, quase fui atropelado duas vezes: por uma bicicleta e por uma motocicleta.
Após as 20h00, horário permitido para que se possa trafegar naquele perímetro, os mauricinhos da vida começam a se agrupar para exibir seus veículos e, sobretudo, seus potentes aparelhos de som instalados neles. Cada um desses indivíduos quer ouvir suas músicas, de preferência os chamados “batidões”, que o próprio nome já demonstra o péssimo gosto musical e ficam disputando os ouvidos das pessoas que por ali passeiam.
Foi para um desses encontros recentes que uma viatura da Polícia Militar foi acionada por uma Oficial de Justiça, na tentativa de acabar com aquele horrendo espetáculo. A Oficial de Justiça justificou aos dois policiais – que a pedido não os identifico – que essa ação teria sido cobrada por pessoas que visitam e passeiam naquele logradouro público. Visando atender ao pedido da Oficial e da própria comunidade, os policiais para lá se destacaram.
De acordo com os militares, eles não usaram nenhum método de repressão, mas de conscientização, para que estes não burlassem as leis. Desta forma foram solicitando que os proprietários dos automóveis e dos aparelhos de sons diminuíssem o volume à altura dos decibéis permitidos pelo Código de Postura do Município. E assim foi se sucedendo.
Entretanto, mais na frente os policias militares encontraram um outro veículo estacionado sobre a calçada com seu estridente som. No referido carro se encontravam um policial militar, recentemente admitido nos quadros da PM e um vereador do município de Imperatriz, ligado à PM e ao esporte. Os militares pediram que diminuíssem o volume do som e retirassem o veículo de cima da calçada, porém, não foram atendidos.
Diante da recusa, um dos militares em serviço baixou o porta-malas do veículo e comunicou o fato ao oficial de plantão. Este então mandou que os dois abandonassem o local que ele (oficial) iria pessoalmente ao local para conversar com o vereador e seu subordinado na tentativa de resolver o que ele (oficial) considerou “um mal entendido”.
Cumprindo as ordens superiores, os dois militares entraram na viatura e foram cumprir sua ronda aonde se encontravam anteriormente. Dias depois os dois militares que estavam de serviço, cumprindo com suas obrigações foram punidos “por causarem constrangimento ao vereador”. Resultado: um deles já foi transferido e o outro – que há muitos anos mora e presta um excelente serviço em Imperatriz – já foi comunicado de sua transferência

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