Vando Cruz, técnico do Ruraltins, de Araguaína, instrutor de meliponicultura, conversou com o Canal Matopiba sobre a adaptação das abelhas vindas do Piauí.
Existem diversas variedades de abelhas Uruçu Amarela. A nativa do Tocantins é bonita, produz bem, mas possui um hábito intrigante: chapisca a caixa com uma substância resinada gordurosa. Por essa razão, havia uma certa resistência dos meliponicultores na variação tocantinense.
Já a Uruçu Amarela originária do Piauí, possui as mesmas características e hábitos da tocantinense, gostando inclusive da mesma florada, mas não suja a caixa. Nas palavras de Vando, elas se tornaram “uma jóia” para os criadores.
O técnico nos mostrou um enxame capturado em janeiro de 2019. De fato, a caixa estava produtiva, mas limpa, sem resíduos cebáceos ou gordurosos.
A Uruçu amarela é uma abelha sem ferrão, pequena, resistente ao calor e que responde bem à alimentação. 20ml de xarope por semana (produzido de forma artesanal), são capazes de fazer a colmeia crescer e deixar as abelhas aptas para a florada, iniciando a produção de mel.
O litro de mel da Uruçu Amarela custa entre 100 e 150 reais.