Prefeito
rebate crítica da empresa e afirma que a gestão sempre fez de tudo para
proteger o transporte coletivo
Em entrevista a
um telejornal local, o prefeito Sebastião Madeira rebateu ontem os argumentos
do grupo que explora a concessão do transporte público e que tenta culpar
a Prefeitura pela crise pela qual a empresa passa com o atraso de salário
e greve de funcionários.
A empresa
alega que o Município tem uma divida de cerca de R$ 800 mil reais e
também cobra maior fiscalização ao transporte clandestino. Ao ser
questionado sobre esses dois “pilares” levantados pela
empresa para justificar a crise, o prefeito explicou que de
fato existe uma divida para com o grupo, contudo, por uma imposição legal
a mesma não pode ser paga diretamente à empresa por conta de
representação do Ministério Público do Trabalho (MPT) perante a
Justiça Federal do Trabalho.
O passivo, conforme
o prefeito, no entendimento do MPT seria para o custeio de dívidas
trabalhistas. Madeira afirmou que o Município deve aproximadamente 720 mil
reais.
“Não podemos
pagar porque a empresa não tem as certidões necessárias para o poder público
fazer o pagamento. Se eu pagar uma empresa que não tem as certidões exigidas
pelo fisco, serei condenado. Além disso, o Ministério Público do Trabalho
ajuizou uma ação para garantia do pagamento a funcionários. Realmente, a
empresa não recebeu dívida porque além das certidões, estamos aguardando
decisão da Justiça do Trabalho para que o Município pague o recurso retido pra
pagar diretamente para quem o tribunal decidir”, explicou ao enfatizar a
posição da gestão da gestão municipal:
“Os dirigentes da
empresa nos procuraram, mas nós entendemos que o mais prudente é esperar por
uma decisão da Justiça para saber como, para quem e de que forma
deve ser feito esse pagamento” disse o prefeito.
Quanto à questão
da “falta de fiscalização” ao transporte clandestino, Madeira
também foi contundente: “esse alegado combate é diário.
O Cabo J. Ribamar {secretário municipal de trânsito}
tem feito um trabalho duro promovendo apreensões, aplicando multas;
enfim, tem feito o necessário para combater os clandestinos”
informou o prefeito.
Outro fator
importante ressaltado pelo prefeito foi seu veto ao projeto de lei que
instituía no âmbito municipal o serviço do táxi lotação.
“Portanto, temos feito todo o esforço possível, para proteger o transporte
coletivo da cidade” asseverou Madeira.
Num outro
trecho da entrevista o prefeito disse que espera e torce para que a
empresa consiga resolver seus problemas internos e volte a
operar normalmente, caso não seja possível, “já acionamos nossa equipe de
trabalho para encontrar uma saída de modo que a população não
seja mais prejudicada do que já está”, concluiu. [Kayla Pacheco - ASCOM]
Legenda: Em entrevista o prefeito disse
que espera e torce para que a empresa consiga resolver seus
problemas internos e volte a operar normalmente
Fotos: Sidney Rodrigues