Sabino Costa (Presidente SINRURAL |
Na
última segunda-feira,02, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), Antônio Andrade, assinou a portaria que reconhece nacionalmente o
Maranhão como zona livre da febre aftosa com vacinação. O presidente do
Sindicato Rural de Imperatriz (Sinrural), Sabino Costa, esclarece algumas
questões a respeito do que significa esse reconhecimento e o que o produtor
rural de Imperatriz e região passa a conquistar a partir deste momento.
01.
O Maranhão foi reconhecido como zona livre da febre aftosa. O que o produtor da
região de Imperatriz ganha com isso?
Sabino
- O produtor da região de Imperatriz ganha um mercado mais forte, na medida em
que nós podemos vender os nossos animais não só para o Nordeste, como fazemos
hoje. Quer dizer, o produtor de Imperatriz pode vender para outro estado do sul
e do sudeste.
02.
Essa falta de abertura no mercado, já trouxe algum prejuízo para o produtor
local?
Sabino
- Por exemplo: ano passado, em função da grave seca que teve no nordeste, os
produtores daquelas região abateram seus animais de forma precoce para não
morrer. Então os animais foram consumidos no mesmo lugar e isso impactou as
exportações de carne do Maranhão. Se nós tivéssemos naquela época a
possibilidade de venda para outros estados, nós tínhamos como compensar essa
perda de mercado em função de um problema climático. Essa abertura só beneficia
a pecuária do estado do Maranhão, ela não traz nenhum desconforto, muito pelo
contrário.
03.
Essa portaria tem alguma restrição?
Sabino
- Essa portaria nos permite comercializar carne, mas não nos permite, por
exemplo, comercializar animais vivos que não sejam para abate. Do ponto de
vista prático, os bezerros nascidos no Maranhão não podem ser vendidos e
recriados nem no Tocantins nem no Pará. Quer dizer, eu posso apenas vender um
boi daqui de Imperatriz para o frigorífico de Araguaína - um animal que vai ser
abatido.
04.
Já que não há essa livre transição de localidade do gado vivo, qual a
interferência desse fator nas feiras agropecuárias?
Sabino
- Em relação as feiras agropecuárias e ao trânsito de animais vivos, que não
serão abatidos imediatamente, nós continuamos com os mesmos problemas de antes.
Ou seja, um animal de uma região livre, para vir participar de uma feira no
Maranhão, ele precisa fazer quarentena para poder retornar ao seu estado de
origem se ele vier de uma região de zona livre.
05.
O que está faltando para que haja a possibilidade de venda de animais vivos?
Sabino
- Precisa do reconhecimento internacional. A Organização Internacional de
Epizootias (OIE) precisa reconhecer esta região do Brasil como zona livre de
aftosa com vacinação. Só a partir daí nós obteremos o mesmo status que as
outras regiões do Brasil.
06.
Essa possibilidade de exportação é internacional também?
Sabino
- Também. Nós temos o Porto de Itaqui, que poderá estruturar-se para poder
fazer exportação de carne pela distância que nós estamos de alguns mercados e
isso barateia o frete e consequentemente torna mais competitivo esta carne.
Provavelmente o reconhecimento internacional de zona livre da febre aftosa só
ocorrerá no segundo semestre de 2014, o que nos tornará realmente, a partir de
então, em igualdade de condição com os outros estados.
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