Por Elson Araújo
Ao analisar as agressões
proferidas pelo advogado paranaense Gustavo Zanneli contra o Maranhão e contra
a Região Nordeste, nos questionamos sobre o tipo de família na qual foi criado
e em qual faculdade de Direito ele se formou?
Célula mãe da sociedade é na
família que o indivíduo aprende, e
apreende os rudimentos da vida em sociedade, como respeitar as pessoas e
instituições; e a interagir com seus semelhantes de modo civilizado, cortez e
respeitoso; valores que, o até
então anônimo Gustavo,
parece ter jogado no esgoto ao agir de modo extremamente agressivo e
preconceituoso contra nosso Maranhão,
nosso amado Nordeste.
“Não, seu Gustavo, nosso
povo não é mal educado! Mal educado é o senhor!
Nossa comida? Com sua
diversidade, é uma das melhores e mais apreciadas do País. O senhor não agrediu só a capital São Luís,
cidade que por circunstâncias desconhecidas, escolheste para ganhar a vida:
ofendeste todo um Estado, toda uma região, formada por tipos humanos de todo o
País e de várias partes do Mundo. Um
povo bonito, acolhedor, hospitaleiro, educado que trabalha e ajuda o Brasil a crescer”
Deixando de lado a questão
do “berço familiar” fica a pergunta: o que esse rapaz aprendeu nos anos de
faculdade?
Ou todos esses impropérios
contra nosso povo, nossa gente, foram usados para ele sair do anonimato, com todos os riscos
calculados, para conseguir alguns segundos de fama negativa; ou se aprendeu
algo, esqueceu e jogou tudo fora, ou não aprendeu nada?
Numa preliminar percebe-se
que Gustavo se tornou alvo do enquadramento em alguns tipos penais, de possíveis
sanções administrativas, no âmbito da OAB, além da possibilidade de vir a
responder a ações no campo civil pelos danos provocados aos maranhenses, ao
povo do Nordeste e á própria Constituição Federal no momento em que ele,
esquecendo que a República Federativa do Brasil é formada pela união
indissolúvel (clausula pétrea) dos estados e municípios, com preconceito á flor
da pele a
separação das regiões Norte e Nordeste do resto do país.
Comportamentos fascistas como o protagonizado pelo
advogado Gustavo têm, infelizmente, se multiplicado Brasil afora,
principalmente depois do advento das redes sociais com alguns indivíduos usando
essas ferramentas para destilar o ódio e o preconceito contra negros, índios,
homossexuais e nordestinos.
Felizmente alguns, mesmo em raras ocasiões,
terminam alcançados pela Justiça. É o caso, por exemplo, da então estudante de
Direito Mayara Petruso, que em 2010, logo após a eleição presidencial escreveu
na sua conta no Twitter “Nordestino não é gente. Faça um favor a São Paulo:
mate um nordestino afogado”.
A agressão da estudante ganhou tanta repercussão
quanto as que agora são protagonizadas por Gustavo. Processada na Justiça Federal Mayara foi
condenada pelo crime de discriminação com pena de 1 ano, cinco meses e 15 dias
de prisão, pena essa convertida em prestação de serviços comunitários e
pagamento de multa.
O bom é que, no caso do advogado paranaense, nós
maranhenses, nordestinos com muito orgulho, não estamos
calados e esperamos que o dito não saia dessa impune.
Contra o preconceito!
Viva o Maranhão!
Viva o Nordeste!
Viva o
Brasil !