Vereador João Silva defendeu abertura de CPI; Enoc Serafim pediu
cautela e diz que o momento é delicado
Imperatriz – “É preciso que se chegue a
um entendimento, pois até agora, o grande prejudicado tem sido o povo”,
declarou, nesta quinta-feira, 1º de agosto, o vereador-presidente Hamilton
Miranda de Andrade (PSD), durante a primeira sessão após o recesso parlamentar
da Câmara Municipal de Imperatriz.
Ele observa que
devido ao impasse, a cidade está sem transporte público regular, sendo o
usuário penalizado pagando tarifas elevadas ao utilizar transporte alternativo
(táxi ou mototáxi) para chegar ao trabalho ou na escola.
“Nós gostaríamos que esse problema fosse
resolvido com a maior brevidade possível, pois milhares de pessoas dependem do
transporte público em Imperatriz”, defendeu ele, que conversou com o prefeito
Sebastião Madeira, durante a reabertura dos trabalhos legislativos, sobre o
problema.
Hamilton
Miranda entende que a decisão proferida nesta quinta-feira (1º de agosto) pelo
Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) coloca praticamente um ponto final
neste conflito, exceto se o município recorrer para Brasília (DF). “É uma
questão definida, pois temos informações que a empresa (VBL) já dispõe de 40
ônibus novos, inclusive com rampa de acesso para deficientes, pois entendo que
tudo valeu a pena”, disse.
Em aparte, o
vereador João Francisco Silva (PRB) --e também advogado-- questionou a atuação
da Promotoria de Justiça, da Polícia Militar e da Secretaria Municipal de
Trânsito e Transportes (Setran) quando da apreensão [apenas] dos ônibus da
empresa Viação Branca do Leste LTDA.
“O serviço de
táxi lotação é irregular, pois também deveriam ser apreendidos pelos órgãos de
fiscalização. E porque não fizeram isso?”, questionou ele, que sugeriu a
abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar esse
episódio em Imperatriz. “Porque só se vê um cego, o outro cego ninguém vê? Está
tudo irregular, então apreende tudo para ser justo”, diz ele.
Silva diz ter
ficado preocupado com o promotor de Justiça (Sandro Bíscaro) dentro dos ônibus
apreendendo os veículos nas vias urbanas de Imperatriz. “Isso não é competência dele (promotor); o
juiz do Trabalho deu uma sentença para fazer a Justiça cumprir, mas quem foi
cumprir foi o promotor de Justiça, pois isto não é competência dele”,
arrematou.
O vereador Enoc
Serafim (PDT) solicitou cautela e analisa o momento como sendo delicado para
abertura de CPI, pois entende que a retirada do serviço de táxi lotação, embora
sendo irregular, causará um grande caos social com a falta de transporte
público em Imperatriz.