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Senadores da base dizem que plebiscito deve ter questões sobre fim da reeleição e das coligações

Aiuri Rebello e Débora Melo
FONTE: Do UOL, em Brasília
  • Roberto Stuckert Filho/PR
    Presidente Dilma Rousseff se reúne com líderes do Senado, nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto, em Brasília Presidente Dilma Rousseff se reúne com líderes do Senado, nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto, em Brasília
Após reunião na tarde desta quinta-feira (27) com a presidente Dilma Roussef, senadores da base aliada disseram que, dos dez líderes do Senado convidados para conversar com Dilma, nove endossaram a ideia de fazer um plebiscito sobre a reforma política.
"A questão é que a proposta do plebiscito foi muito bem recebida pela população e isso demonstra que devemos encaminhá-lo o quanto antes para responder a vocês que estão nas ruas", disse Eduardo Braga (PMDB-AM) sobre a reunião com Dilma.
Participaram do encontro os senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE); Gim Argelo (PTB-DF); Rodrigo Rollemberg (PSB-DF); Eduardo Lopes (PRB-RJ); Sérgio Petecão (PSD-AC); José Pimentel (PT-CE); Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado; Eunício Oliveira (PMDB-CE); Eduardo Braga (PMDB-AM); Walter Pinheiro (PT-BA) ; Benedito de Lira (PP-AL); Paulo Davim (PV-RN). Esteve presente também o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), líder do governo na Câmara.
Os senadores disseram ainda que o plebiscito deve ser curto, com menos de dez questões. Entre as perguntas que devem ser propostas ao eleitorado estão mandato de cinco anos para presidente sem direito à reeleição, fim das coligações partidárias, financiamento público de campanha e voto distrital para deputados federais.
Mais cedo, o ministro da Educação, Aloizio também disse haver consenso na base aliada. "Vamos tratar do que é essencial, das balizas. O plebiscito vai nortear e balizar a reforma. Tem que ir no cerne do problema", disse Mercadante
"Dá para fazer uma reforma política sem ouvir a sociedade? Todos foram unânimes em dizer que temos que ouvir. Pode ser até que tenha alguém que pense em ouvir depois, mas, majoritariamente, entende-se que é preciso ouvir antes", disse Campos em referência à realização do plebiscito, que ouve a população antes que o assunto se torne lei, sobre a reforma política.
Já o referendo, alternativa defendida pelos partidos da oposição, ouviria a sociedade depois que a reforma já tivesse se tornado lei.

Plebiscito x referendo

  • Caio Guatelli/Folhapress Plebiscito é uma consulta direta ao cidadão em que ele se manifesta sobre um assunto antes que uma lei sobre o tema seja estabelecida.
    Referendo é uma forma de consulta ao cidadão sobre um determinado tema. No entanto, ele ocorre quando o povo é chamado a manifestar-se sobre uma lei após ela ter sido elaborada e aprovada pelos órgãos competentes do governo federal. 
  • Arte/UOL Quem é a favor do plebiscito: O governo federal. "É muito importante que o povo opine. A reforma política se arrasta há anos. É necessário que o povo diga qual o sistema que ele quer", disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
    Quem é a favor do referendo: A oposição ao governo. Os oposicionistas afirmam que o referendo tem maior facilidade de ser colocado em prática porque os temas da reforma são complexos para serem respondidos de forma simplificada pela população em um plebiscito 
O governador evitou, no entanto, declarar apoio abertamente ao plebiscito. "O Congresso vai poder, em decidindo pelo plebiscito,  ouvir objetivamente a sociedade brasileira", disse.
"A disposição nesse momento dos partidos da base é de ajudar a presidente Dilma a dar sequência ao esforço que tem feito de ouvir e dar consequência aos reclames das ruas do Brasil. Que a gente possa fazer com toda essa energia faça bem ao Brasil", declarou o governador pernambucano, que é tido como provável candidato nas eleições presidenciais de 2014.

Encaminhamento do plebiscito

Segundo Mercadante, que falou em nome do Planalto, o modo pelo qual a consulta será feita, assim como o conteúdo, ainda estão em aberto. Ele disse que não houve tempo ainda para discutir as perguntas do plebiscito, mas que dois temas surgiram como principais: financiamento e sistema eleitoral (forma de votação).
Mercadante afirmou ainda que a decisão do governo é pelo plebiscito e que o governo está aguardando definição do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) uma definição sobre a melhor data para a realização da consulta.
O ministro voltou a afirmar que a palavra final sobre a realização da consulta é do Congresso Nacional. "Mas não acho que qualquer partido vai negar a vontade manifestada pelo povo."
Questionado pelos jornalistas sobre a partir de quando as decisões do eventual plebiscito valeriam, Eduardo Campos disse que não há definição sobre o assunto. "Esta é uma decisão que será dada no debate do Congresso. Pode ser objeto inclusive do próprio plebiscito."

Qual a melhor maneira de fazer a reforma política no Brasil?

Resultado parcial
Procurado pela reportagem do UOL, o TSE informou que a área técnica está preparando um estudo a ser entregue à ministra Cármen Lúcia, presidente do tribunal. Só depois disso é que ela deve se pronunciar, segundo a assessoria do TSE.
A agenda de reuniões de Dilma sobre a reforma política continua: às 14h, a presidente se encontra com líderes partidários da Câmara e, às 16h, com os líderes do Senado.

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