Felipão até mente idade para negar influência do Maracanaço em BH
Gazeta Esportiva
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A primeira pergunta que o técnico Luiz Felipe Scolari ouviu em sua entrevista coletiva, nesta terça-feira, foi sobre a Copa do Mundo de 1950. Para evitar qualquer influência da histórica derrota do Brasil para o Uruguai na final daquele Mundial, o gaúcho até mentiu a sua idade para responder na véspera do reencontro entre as duas seleções, em Belo Horizonte, pelas semifinais da Copa das Confederações.
“Eu nem era nascido em 1950. Nasci em 1964”, sorriu Felipão, que, na verdade, veio ao mundo em 9 de novembro de 1948, na cidade gaúcha de Passo Fundo. Ele tinha dois anos de idade quando Ghiggia se consagrou no “Maracanaço” e o goleiro Barbosa foi apontado como vilão nacional. “Naquela época, o Uruguai aproveitou melhor as suas oportunidades. Só isso”, minimizou.
Os uruguaios pensam diferente. Colega de Felipão, o técnico Óscar Tabárez provou que não 1950 não era “só isso” ao fazer referência àquele Mundial depois de a sua seleção ser hostilizada por torcedores brasileiros contra a Nigéria. O comandante uruguaio também citou a recente conquista da Copa América, em solo argentino, para enaltecer a mística “antipática” de seu país.
“Na Copa América, o Uruguai foi melhor também. Isso não é nada que influencie o jogo de amanhã”, voltou a garantir Felipão, amigo do seu adversário Óscar Tabárez, nascido em 1947. “Conheço o Tabárez há muitos anos e sei como é a sua forma de trabalhar. O Uruguai tem uma grande equipe, que joga junta desde a Copa de 2010. Precisaremos ter cuidados”, concluiu o encarregado de evitar mais uma decepção nacional, desta vez no Mineirão.