Cerca
de 70% dos atendidos são dos municípios vizinhos, até de outros estados, o que causa uma sobrecarga no
Socorrão.
Leni
Barbosa, 24, lavradora, é de Vila Nova Vila Nova dos
Martírios, uma das inúmeras pessoas que procuram o Socorrão em
Imperatriz para atendimento. Ela afirma que chegou ao hospital 11h30min e levou
menos de uma hora para ser atendida. Quando perguntada por que veio para
Imperatriz para fazer o atendimento, ela respondeu com prontidão: “Porque lá no
nosso lugar não tem doutor, aí nós é o jeito vir para cá mesmo”.
Para
conseguir assegurar o atendimento, o prefeito Sebastião Madeira e toda sua equipe
vêm trabalhando para conseguir recursos do Ministério da Saúde que possam
cobrir as despesas do atendimento de centenas e até milhares de pacientes
oriundos de cerca de cem municípios dos estados do Maranhão, Pará (sul e
sudeste) e Tocantins (norte).
Levantamento feito pela administração do Hospital
Municipal de Imperatriz (Socorrão) registra que o hospital atende a até 70% de
pacientes de outros municípios. Nos corredores, é um misto de pessoas de vários
cantos. Como é o caso de Maria Alves de Sousa Silva, também aposentada, 69, hipertensa. Ela mora em
Buritirana e esta foi a segunda vez que esteve no Socorrão. Estava com dores no
estômago, quando passou mal não pensou duas vezes e veio buscar atendimento em Imperatriz.
Segundo ela, o atendimento realizado na cidade é de qualidade: “Elas
(enfermeiras) me cuidam bem, graças a Deus, me consideram”.
Recursos
- De
acordo com o diretor do HMI, Alisson Mota, somente a clínica médica do HMI já
chegou a atender 150 pessoas em apenas um dia. O elevado número deixa claro que
dezenas de municípios espalhados pelos três estados estão deixando de atender
até mesmo às necessidades básicas de saúde dos seus pacientes. “O hospital
tornou-se referência em várias especialidades, mas não temos recebido os
recursos que merecemos e precisamos”, lamenta. A aposentada de 75 anos, que
mora em Porto Franco, Maria de Jesus Neres, esteve no Socorrão por causa de uma
torção no pé. Para o filho, José Neres, o atendimento é de confiança “Trouxe
ela pra cá porque é mais confiavél, pelo menos foi o que me disseram... Chegamos
e fomos logo atendidos, os exames já estão encaminhados, eu tô feliz” afirma.
“Apesar de realizarmos
tratamento na área de ortopedia para atender toda essa demanda, infelizmente
não recebemos do Ministério da Saúde os recursos inerentes a esses serviços”,
lamenta Alisson Mota. Vale ressaltar que as pessoas acometidas de acidentes dos
mais diversos, em toda região tocantina, principalmente automobilísticos, são
encaminhadas para atendimento no Hospital Municipal de Imperatriz.