A Defesa Civil já
começou fiscalização em boates e casas noturnas em geral
A Superintendência de Defesa Civil já tinha em sua agenda de ações, para
o início deste ano, a fiscalização nas boates de Imperatriz. A tragédia
ocorrida na madrugada deste domingo (27), em Santa Maria (RS), que vitimou mais de duas centenas pessoas, antecipou essa
ação do órgão. A informação foi prestada pelo superintendente Francisco das
Chagas Silva, o Chico do Planalto, que coordena pessoalmente a equipe de
fiscais.
Na manhã da
última segunda-feira (28), Chico do Planalto e sua equipe começaram a visitar
as seis maiores boates de Imperatriz, casas frequentadas por centenas de
jovens, na maioria de classe média e alta. As casas estão situadas,
principalmente, no centro e também na Avenida Beira Rio, onde se concentram
clubes e academias de ginástica.
Uma das
maiores preocupações da Defesa Civil diz respeito, principalmente, à questão da
segurança das pessoas, tanto as frequentadoras como os próprios funcionários
das casas. “Em primeiro lugar, verificamos se essas casas possuem portões de
saída, de preferência largos, para que as pessoas possam sair com mais rapidez
em casos como o que ocorreu em Santa Maria”, afirma Chico do Planalto.
Ele observa
que todos esses estabelecimentos devem apresentar extintores de incêndio em
todos os compartimentos do prédio, bem como sinalização luminosa indicando a
saída de emergência. Chico do Planalto lembra ainda que as casas não podem
receber um número maior do que o estabelecido pelos órgãos de segurança.
O
superintendente explica que as casas de show, para estarem regularizadas, devem
procurar os órgãos competentes, como o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil,
Vigilância Sanitária e Secretaria de Meio Ambiente. “Se todos os órgãos
concluírem que a casa está apta para funcionar, então a prefeitura concede o
devido alvará de funcionamento”, afirma Planalto.
Fiscalização - De acordo com Chico do
Planalto, a Superintendência Municipal de Defesa Civil encontra dificuldade em
realizar a devida fiscalização desses
estabelecimentos. “No ano passado, um dono de uma casa noturna chamou até um
juiz amigo dele para prender os fiscais da Defesa Civil”, afirma.
“Espero que,
a partir desse triste episódio registrado em Santa Maria, esses proprietários
entendam que quando a Defesa Civil faz essas cobranças, é visando à segurança
de seus frequentadores, que são seus clientes; de seus funcionários e até deles
mesmos”, afirma Chico do Planalto, acrescentando que, ao encerrar a
fiscalização nas boates, passará para clubes e demais casas noturnas da cidade.
Domingos Cezar
).