Nova 01

Nova 01

Sarney derruba CPI dos Transportes por falta de assinaturas

Camila Campanerut

Do UOL Notícias



O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), anunciou nesta quarta-feira (3) que derrubou o requerimento que pedia a instalação da CPI dos Transportes.
Das 27 assinaturas necessárias, a oposição conseguiu reunir apenas 25. A decisão de derrubá-la foi lida em plenário no final da tarde.
Ao rejeitar o pedido, Sarney justificou que o requerimento "não atende aos requisitos necessários". Agora, a oposição já avisou que tentará buscar novamente as assinaturas dos parlamentares.
"Lamento profundamente (...). Fica explícito que não há o desejo do governo em promover mudança no modelo de promiscuidade", comentou o líder do PSDB, Alvaro Dias (PR).
Ontem, a oposição anunciou que já tinha as 27 assinaturas necessárias para abrir uma CPI para investigar as denúncias de irregularidade no Ministério dos Transportes, mas até a tarde de hoje, ao menos duas assinaturas foram retiradas, o que inviabilizava a comissão.
Das 27 assinaturas que apoiavam a investigação, dez eram do PSDB, quatro do DEM, quatro do PMDB, três do PDT, duas do PP, duas do PSOL e uma do PMN, além da senadora Kátia Abreu (sem partido). Retiraram suas assinaturas o senador Reditario Cassol (PP-RO) e João Durval (PDT-BA).
O pedido estipulava em 180 dias o período da investigação. Ao final de seus trabalhos, a comissão poderia encaminhar suas conclusões ao Ministério Público.
Esta seria a segunda CPI do governo Dilma Rousseff, mas a primeira com peso político. A outra CPI em andamento é a do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), que investiga supostas irregularidades no pagamento de direitos autorais. Ela foi aberta no final de junho.

Entenda

As denúncias nos Transportes começaram em 2 de julho, com uma reportagem da revista "Veja", que relatou um suposto esquema de propinas no ministério que beneficiaria o PR --partido presidido pelo então ministro Alfredo Nascimento e que estava no comando da pasta desde o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Em decorrência das denúncias, já caíram, até o momento, mais de 20 funcionários da pasta ou de autarquias ligadas ao setor, além do próprio ministro.

A gosta d'água para a saída de Nascimento do cargo foi a divulgação do jornal "O Globo" de que a empresa do filho dele, está sob investigação de enriquecimento ilícito após registrar um aumento patrimonial de 86.500% e de manter contato com empresas que têm negócios com o ministério.

Ontem, em seu primeiro discurso no Senado, após retomar o cargo na Casa, Nascimento disse que renunciou por falta de apoio de Dilma e que não era "lixo" para ser "varrido" para fora do governo.

Postar um comentário

0 Comentários
* Por favor, não spam aqui. Todos os comentários são revisados ​​pelo administrador.

Top Post Ad

some text

Below Post Ad

some text