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Para polícia, vereador de Franco da Rocha foi "executado" por colega; laudo aponta quatro disparos

Janaina Garcia

Do UOL Notícias


A Polícia Civil de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, vê sinais de execução na morte do vereador Rodrigo Federzoni (PV), assassinado a tiros na tarde da última sexta-feira (5) durante uma romaria que seguia para Pirapora do Bom Jesus e passava pela cidade de Cajamar, ambas também na região metropolitana.
Vereador Leozildo acusado
O principal suspeito do homicídio é o vereador Leozildo Barros (PT), que, segundo testemunhas, disparou várias vezes contra o colega supostamente depois de uma discussão. Ele está foragido.

“Pelos depoimentos que tomamos, o motivo do desentendimento foi a namorada do autor dos disparos, que também estava na romaria. Não sabemos, porém, se a vítima mexeu com ela”, disse o delegado responsável pelo inquérito na Seccional de Franco da Rocha, Rogério Barbosa Thomaz.

Segundo o delegado, a partir do relato das testemunhas, Barros teria primeiramente atirado para o alto, e, na sequência, no outro vereador. “Ele descarregou uma pistola 380, que tem capacidade para 15 tiros. Recebemos hoje cedo o laudo de necropsia, que apontou que quatro tiros acertaram a vítima --um no tórax, e três nas costas", salientou, lembrando que outras duas pessoas também foram baleadas acidentalmente. "Isso mostra um total descontrole, uma execução, mesmo”, afirmou Thomaz. Os dois romeiros também baleados foram hospitalizados, estão fora de risco e serão chamados a depor.

Apesar de os envolvidos no crime serem parlamentares, o policial descartou conotação política no crime. “Porque, pelo que apuramos, eles tinham um bom relacionamento”, justificou. Policiais tentam hoje cumprir o mandado de prisão expedido contra Barros.


Ficha criminal e suplentes
Indagado sobre eventuais passagens policiais anteriores de Barros, o delegado informou que ele respondeu a processo por ameaça, no ano de 2002, e foi indiciado por crime de peculato e dispensa ilegal de licitação, em 2009. Do primeiro caso, obteve arquivamento.O vereador foragido é ainda o atual presidente do sindicato dos comerciários de Franco da Rocha.

Federzoni foi morto
A assessoria da Câmara Municipal de Franco da Rocha informou que a convocação de suplente só poderá ser feita após o partido de Federzoni comunicar a Justiça Eleitoral sobre a vacância do cargo. Uma vez que o cartório emita a notificação ao Legislativo, começa o rito de posse do substituto. O presidente da Casa, vereador Antonio Lopes da Silva (DEM), disse pela assessoria que não vai se manifestar sobre o caso –que, na esfera política, pode culminar na cassação de mandato do parlamentar se configurada quebra de decoro.

O UOL Notícias falou ainda com o advogado Marcelo Haneda, indicado pela polícia como defensor do vereador, mas ele informou que, embora seja “favorável a que ele [Barros] se entregue”, ainda não responde pelo caso.



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