Daniel Milazzo
Especial para o UOL Notícias
No Rio de Janeiro
O juiz Paulo Rodolfo Maximiliano de Gomes Tostes, da 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, decretou a prisão preventiva de Luciene Reis Santa, 24, que confessou ter matado a menina Lavínia Azevedo de Oliveira, 6 anos. Desde o dia 2 de março, Luciene estava em prisão temporária. Os advogados dela têm dez dias para apresentar a defesa preliminar.
O juiz também recebeu a denúncia contra Luciene, que agora vai responder por homicídio qualificado: por motivo torpe, com emprego de meio cruel (asfixia por estrangulamento), mediante recursos que dificultaram a defesa da vítima e por ter praticado crime contra criança.
Menina foi enforcada com cadarçoSegundo a denúncia do Ministério Público estadual, a menina foi morta por asfixia mecânica e o delito foi cometido por motivo “torpe, ignóbil e abjeto sentimento de vingança interligado ao sentimento de posse que nutria pelo genitor da vítima”. Luciene tinha sido amante do pai da vítima, Rony dos Santos de Oliveira, e, segundo o MP, não se conformava com o fim do relacionamento.
Segundo nota do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), Luciene e Rony discutiram na noite anterior ao sumiço de Lavínia e a ex-amante teria decidido matar Lavínia para atingir o pai. O crime é considerado hediondo.
Na época da investigação do crime, a polícia apontou que a principal motivação do crime tinha sido ganância, já que a ex-amante teria invadido a residência com o intuito de roubar R$ 2.000. Na versão da polícia, ao ser flagrada pela menina, Luciene resolveu raptar Lavínia. No entanto, os investigadores não descartavam a hipótese de crime motivado por vingança contra o pai da garota.
O crime
Luciene retirou a menina Lavínia de sua casa na madrugada do dia 28 de fevereiro sem que os pais da criança percebessem. Apesar da facilidade com que entrou na residência, a Polícia Civil concluiu que Luciene agiu sozinha. Imagens do circuito interno de TV de um ônibus flagraram as duas juntas na manhã daquele dia (28 de fevereiro), momentos antes do assassinato.
Luciene levou Lavínia para um hotel no centro de Duque de Caxias e ali cometeu o crime. A assassina ainda escondeu o cadáver dentro de uma estrutura de alvenaria da cama, cobrindo-o com o estrado de madeira e o colchão. O corpo acabou sendo descoberto por uma camareira dois dias depois. Os três funcionários do hotel reconheceram Luciene durante a investigação.
Justiça do Rio de Janeiro aceita denúncia e decreta prisão preventiva de mulher acusada de matar Lavínia
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abril 05, 2011
