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BA:Vítimas de violência sexual têm atendimento especializado no Hospital da Mulher



Vítimas de violência sexual têm atendimento especializado no Hospital da Mulher

Diante de casos de violência sexual, mulheres de diferentes idades, graus de escolaridade, cis e transexuais podem buscar o atendimento especializado do Hospital da Mulher, no Largo de Roma, em Salvador. Um núcleo multidisciplinar, formado por médicos, psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais, foi criado para atender especialmente esse público. A equipe presta todo o apoio e suporte que essas mulheres precisam, como primeiros cuidados médicos e acompanhamento psicológico. 

Vinte e quatro horas por dia, o núcleo atende mulheres que chegam à unidade por vontade própria, direcionadas por órgãos policiais e judiciais ou referenciadas pela Central de Urgências do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), postos de saúde e outros locais. Desde que foi inaugurado, o núcleo já prestou assistência e realiza acompanhamento de 37 vítimas. Segundo a coordenadora do serviço, a médica Alcione Bastos, o hospital está pronto para receber vítimas de qualquer tipo de violência sexual da maneira mais humanizada possível.

“É um serviço que não depende de regulação e é importante que as pacientes saibam disso. Atendemos por demanda espontânea de qualquer lugar do estado da Bahia. A equipe multiprofissional está preparada para receber essas mulheres e realizar qualquer procedimento que ela precisar, entre exames clínicos, laboratoriais e profilaxia. Passado esse primeiro momento, programamos tudo para que a paciente só saia daqui com a medicação de emergência, caso necessário, e com agendamentos para o serviço de psicologia. Caso a mulher queira, ela pode ser atendida pelo psicólogo também no mesmo dia do atendimento”, explica a coordenadora.

Serviço 

Desde a chegada ao Hospital da Mulher, as vítimas de violência sexual recebem atenção especial. Uma recepção no térreo do hospital, diferente da recepção para consultas ambulatoriais, realiza o cadastro e as encaminha imediatamente para um acolhimento com profissional da enfermagem. Essas mulheres recebem código vermelho e têm prioridade no atendimento. 

As pacientes passam, então, por um exame clínico com médico ginecologista e, caso necessário, infectologista. Os casos graves podem ser encaminhados para o centro cirúrgico na unidade. Além do tratamento diferenciado, uma sala de observação - com cinco leitos - está disponível especificamente para casos de violência sexual. 

Acompanhamento

Existe ainda orientação e agendamento para acompanhamento psicológico e ginecológico por pelo menos seis meses. “Não temos apenas a visão do atendimento imediato dessas mulheres, acompanhamos o lado emocional e psicológico. Nos preocupamos com elas a longo prazo. Levamos em conta todos os sintomas que podem ser acarretados pelo estresse pós-traumático e que podem trazer consequências para a vida dela; na vida social, no ambiente de trabalho, nas relações familiares. Entendemos a violência sexual na sua perspectiva ‘macro’”, acrescenta a coordenadora. 

Fotos: Camila Souza/GOVBA

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