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Sobe para mais de 2.500 número de mortos em terremoto que devastou o Nepal

Fonte::  :  Do UOL, em São Paulo


Sobe para mais de 2.500 número de mortos em terremoto que devastou o Nepal
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Fonte: Do UOL, em São Paulo

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Terremoto de grande intensidade atinge o Nepal65 fotos

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26.abr.2015 - Moradores buscam membros da família presos nos escombros de casas desabadas durante o terremoto que atingiu Bhaktapur e demais cidades do Nepal no sábado de manhã. As equipes de resgate cavam com as mãos, enquanto o número de mortos continua subindo. A polícia nepalesa calcula em 1.900 mortos em todo o paísLeia mais Navesh Chitrakar/Reuters
Mais de 30 horas após o terremoto de magnitude 7,8 ter atingido o Nepal, na manhã de sábado (25), o número oficial de mortos não para de crescer. Autoridades de todos os países afetados pelos tremores indicam que mais de 2.500 pessoas morreram.  
No Nepal, pelo menos 2.430 pessoas morreram e outras 5.900 ficaram feridas, segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Laxmi Prasad Dhakal. Avalanches no monte Everest provocadas pelo terremoto deixaram 22 mortos e 217 desaparecidos, na fronteira entre o Nepal e a China. 
O número de mortos na Índia chegou a 56, a maioria no Estado de Bihar, como afirmou a Autoridade Nacional de Gestão de Desastres do país. Outros 17 cidadãos chineses morreram no Tibete, de acordo com fontes locais. 
O Itamaraty informou que há registro de 79 brasileiros no Nepal --até o momento, a força-tarefa do governo localizou 60. Segundo o Itamaraty, todos estão bem e não há nenhum brasileiro entre os mortos confirmados até agora. Entre os localizados, estão cidadãos que moram no Nepal, parentes que faziam visitas e turistas. Um embaixador brasileiro que trabalha na Índia foi deslocado para Katmandu (capital do Nepal) neste domingo (26).
De acordo com o Itamaraty, a embaixada brasileira funcionou normalmente hoje, além do plantão disponibilizado 24 horas. Com muitos hotéis fechados, que obrigaram turistas a sair às pressas após o abalo sísmico, a representação brasileira está disponibilizando canais de comunicação com parentes e emitindo documentos. Apesar das dificuldades de locomoção e comunicação em Katmandu, fortemente atingida pelos tremores, o prédio da embaixada não foi afetado.

Cenário de destruição 

Milhares de casas e muitos prédios históricos foram destruídos, e desde a manhã de ontem, quando o choque principal aconteceu, o Nepal já sofreu pelo menos 35 réplicas dos tremores com magnitude entre 4 e 6,7.
Vários edifícios desabaram no centro da capital nepalesa, incluindo templos seculares. Um importante marco histórico na cidade, a torre de Dharahara, declarada patrimônio da Unesco, ficou quase toda destruída. O centro antigo de Katmandu é formado por um emaranhado de edifícios próximos uns dos outros, ruas estreitas e casas mal construídas, com grandes famílias morando nelas.
"Há relatos de danos generalizados. A devastação não está confinada a algumas áreas do Nepal. Quase todo o país foi atingido", disse Krishna Prasad Dhakal, vice-chefe da missão na embaixada do Nepal, em Nova Déli (Índia).
Enquanto as equipes de salvamento buscavam entre os escombros, muitas com a ajuda de suas próprias mãos, os hospitais estavam lotados.
Muitos médicos atendiam os feridos, a maioria com fraturas múltiplas e traumatismos, em tendas de campanha anexas devido à grande quantidade de feridos, mas também porque muitas pessoas tinham medo de entrar no edifício, explicou Samir Acharya, médico do Hospital neurológico Annapurna.
A Cruz Vermelha mostrou sua preocupação pelo moradores das zonas rurais isoladas perto do epicentro do terremoto. "Prevemos perdas de vidas humanas e danos materiais consideráveis", advertiu Jagan Chapagain, diretor para Ásia-Pacífico da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICR).
"As estradas estão danificadas ou bloqueadas pelo barro As comunicações não funcionam, o que nos impede de conectar os escritórios locais da Cruz Vermelha e obter informações verídicas", explicou.
"Vimos cenas terríveis de destruição, hospitais que foram evacuados e pacientes atendidos no chão, casas e edifícios demolidos e ruas com rachaduras abertas", narrou Eleanor Trinchera, coordenadora da Cáritas na Austrália.
As primeiras incinerações em massa, para afastar o risco de doenças e infecções, ocorreram no distrito Pashupatinath de Katmandu.
Em meio aos escombros, as ruas de Katmandu amanheceram cheias de pessoas que, sem ter onde dormir, passaram a noite em claro diante da ameça de novos tremores. Centenas de moradores se preparavam para passar a segunda noite consecutiva ao ar livre. 
O ministro da Informação, Minendra Rijal, disse à TV indiana que "foi lançado um grande plano de ação de resgate e reabilitação, e há muito a ser feito". "Nosso país está num momento de crise e precisará de apoio e ajuda imensos", afirmou. 
Segundo a ONG Oxfam, que tem fornecido água potável e artigos de primeira necessidades às vítimas, as comunicações, a eletricidade e a água corrente nas regiões atingidas pelo terremoto foram cortadas. Os hospitais também têm dificuldades para atender a todos os feridos. Medicamentos e suprimentos estão se esgotando.
As réplicas também provocaram novas avalanches no acampamento base do Everest, segundo montanhistas presentes, logo depois que helicópteros de salvamento evacuaram os feridos da avalanche de sábado, que matou ao menos 18 pessoas. O porta-voz do Departamento de Turismo, Tulsi Gautam, informou que há 61 feridos no local, a maioria estrangeiros. 
Estima-se que 4,6 milhões de pessoas na região foram expostas aos tremores, de acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários. Apenas no Nepal, 30 dos 75 distritos --40% do território nepalês-- foram afetados pelo terremoto. Somente a cidade de Katmandu tem população de 1 milhão de pessoas, e o Vale de Katmandu, 2,5 milhões, muitas vivendo em condições de pobreza.
 
O governo nepalês anunciou que as escolas permanecerão fechadas por pelo menos cinco dias e dispensou os funcionários públicos para que pudessem ajudar nos esforços de resgate locais. De acordo com o jornal francês "Le Monde", o abalo sísmico deste sábado é o mais forte registrado no Nepal desde 1934, ano em que um terremoto de magnitude 8 provocou entre 10 mil e 20 mil mortes.
Sunil Sharma/Xinhua
Torre de Dharahara, patrimônio histórico de Katmandu, destruída no terremoto

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