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Médicos fazem protesto por melhores salários em São Paulo, no Rio e no Paraná

Ciência e SaúdeMédicos fazem protesto por melhores salários em São Paulo, no Rio e no Paraná.




Do UOL Ciência e Saúde*



Em pelo menos 21 Estados, houve protestos ou suspensão do atendimento em unidades de saúde, com participação de 100 mil profissionais, segundo os organizadores do movimento - o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam).

No Estado de São Paulo, consultas eletivas foram suspensas nos hospitais Emílio Ribas, Servidor Público Estadual e no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. O movimento conta com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), entre outras entidades.

No Rio de Janeiro, profissionais estenderam faixas em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) como parte da mobilização.

No Paraná, houve um ato público na Boca Maldita, no centro de Curitiba, com a distribuição de panfletos sobre a precariedade da saúde pública.

“Paralisar nossas atividades iria prejudicar aquele pelo qual estamos lutando na tentativa de melhorar a situação, que é o próprio paciente”, justificou o presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), Carlos Roberto Rocha, ressaltando que a categoria defende a melhoria no atendimento no SUS. Para isso, segundo o presidente, é necessário melhorar a gestão e aumentar os investimentos da rede pública de saúde. No Paraná, pouco mais da metade dos cerca de 19 mil médicos do estado atendem no SUS.

De acordo com Rocha, as condições precisam ser melhoradas com urgência principalmente nas cidades do interior. Segundo ele, 72% dos 300 mil médicos do Brasil trabalham nas regiões Sul e Sudeste. As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste são atendidas por apenas 28% dos médicos, informou.

A Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná, o Sindicato dos Hospitais e a Associação do Hospitais do Paraná manifestaram, em nota divulgada hoje, solidariedade à mobilização dos médicos e ressaltaram o engajamento ao movimento nacional em defesa de uma nova realidade para o SUS.


Salários e falta de leitos

Segundo os organizadores, a média do salário-base do médico que cumpre jornada de 20 horas semanais, sem considerar gratificações, é de R$ 1.946,91, oscilando de R$ 723,81 a R$ 4.143,67 dependendo da unidade da federação. A Fenam defende um piso baseado em uma lei federal de 1961 que garantia, na época, que o piso fosse o equivalente a três salários mínimos. Assim, em valores atuais, o piso seria de R$ 9.188,22.

Outra queixa é a falta de leitos hospitalares - entre 1990 e 2011, o país teria perdido 203 mil leitos. Segundo os médicos, houve perda na distribuição geral dos leitos do SUS em todas as regiões, exceto no Norte, onde teria havido variação positiva de 3.213 leitos. Em 20 Estados, a média de leitos de UTI por habitante fica abaixo da nacional, que é de 1,3. Além disso, argumenta o CFM, o Brasil perde dos vizinhos Argentina, Uruguai e Chile, quando comparado o investimento per capita na área.

*Com informações da Agência Estado e da Agência Brasil

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