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Justiça decreta prisão de outro PM suspeito de matar juíza no Rio

DIANA BRITO

O juiz da 3ª Vara Criminal de Niterói, Petersen Barroso Simão, decretou na tarde desta quinta-feira a prisão temporária por 15 dias do soldado da Polícia Militar Handerson Lents Henriques da Silva - apontado como suspeito de participar do assassinato da juíza Patrícia Acioli, no dia 11 de agosto, em Niterói, região metropolitana do Rio. Segundo a Polícia Civil, o policial teria fornecido o endereço da juíza aos assassinos.

O soldado Silva pertence ao 7º Batalhão de São Gonçalo. A Polícia Civil informou que ainda não há informações sobre o paradeiro dele e nenhum advogado de defesa do PM se apresentou na delegacia até o final da tarde de hoje.

Na última terça-feira (27), a polícia prendeu o tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira sob acusação de ser o mandante do crime, quando ainda era o comandante do Batalhão de São Gonçalo. Além dele, outros nove policiais militares permanecem presos sob suspeita de participar do assassinato.

No início da semana, um dos cabos presos disse aos investigadores que Oliveira fazia operações ilegais quando comandava o Batalhão de São Gonçalo e ainda ficava com parte do material apreendido. O tenente-coronel foi exonerado e está preso em Bangu 1.

O ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo havia sido transferido para o 22º Batalhão da Maré dias depois da morte da juíza. Ele se apresentou à polícia voluntariamente por volta das 3h de terça.

Após a prisão de Oliveira, o comandante da Polícia Militar do Rio, Mário Sérgio Duarte , pediu demissão do cargo. O tenente-coronel era homem de confiança de Duarte, que foi o responsável direto por sua nomeação para o comando do 22º Batalhão, na Maré.

Segundo a investigação feita até agora, a motivação do assassinato está relacionada à morte do jovem Diego Beliene, 18, durante uma operação policial.

Os envolvidos neste crime, lotados no Batalhão de São Gonçalo, eram investigados pela suspeita de terem forjado a morte de Beliene como sendo 'auto de resistência', como são classificadas pela PM as mortes de suspeitos em confrontos.

O delegado titular Felipe Ettore --da Delegacia de Homicídios do Rio-- disse que só vai se pronunciar ao fim das investigações. Segundo a equipe de investigação, o inquérito deve ser concluído em duas semanas.


O CASO
A juíza Patrícia Acioli foi assassinada com 21 tiros e, segundo a polícia, o crime foi planejado um mês antes. Poucas horas antes de ser assassinada, no dia 11 de agosto, a juíza havia decretado a prisão dos três PMs, que eram acusados pela morte de Beliene.

Para a polícia, os PMs tramaram a morte da juíza para tentar evitar a prisão, mas não sabiam que o decreto já havia sido expedido. Três PMs foram presos no dia seguinte ao assassinato da juíza, mas a investigação revelou a participação deles nos assassinatos do jovem e da juíza apenas um mês depois.

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