Foto: Correio Popular
por Hemerson Pinto
Euramir Reis - Presidente do STEEI |
“O movimento é forte, já temos a adesão de vários professores e outros estão aderindo ao movimento. Isso é sinal que eles acreditam no sindicato”, avaliou a presidente do Steei, garantindo que o movimento está mantido.
“São três dias e não vamos recuar. Estamos a um ano das eleições e, se deixarmos de lutar agora, no ano que vem será difícil porque o prefeito vai dizer que não pode dar o reajuste porque a lei não permite”, declarou Eurami Reis. A sindicalista garante que ainda não recebeu do prefeito Sebastião Madeira um convite para discutir a proposta de reajuste e outras reivindicações enviadas pela categoria no dia 21 de março.
Na época, a prefeitura analisou e, sem informar à classe interessada, enviou à Câmara de Vereadores o projeto foi votado aprovado com as alterações salariais e outros benefícios não aceitos pelos servidores.
O dia de ontem foi destinado à realização de assembléia e convites aos colegas que ainda não aderiram a paralisação de advertência. “São três dias para o prefeito Sebastião Madeira conversar com os professores e demais servidores, caso contrário, vamos trabalhar uma greve por tempo indeterminado”, afirmou a professora Eurami, confirmando que hoje a classe vai às ruas em clima de protesto.
Saúde pressionada
Na semana passada os servidores da saúde confirmaram a greve de advertência da categoria para o mesmo período da paralisação da educação. O motivo do descontentamento é o mesmo: a contraproposta feita pela Prefeitura de Imperatriz, em cima das reivindicações da classe, foi aprovada pela Câmara sem antes passar pela avaliação dos servidores.
Ontem pela manhã, quando deveria se juntar aos professores, o SINDSAUDE, recuou. Umas das representantes do sindicato, Janete Oliveira, explica o que aconteceu: “a nossa comissão de greve estava reunida quando recebemos um documento enviado pela Ouvidoria do Município, na pessoa do Dr. Daniel.
Esse documento nos proíbe de (durante as manifestações) nos aproximarmos pelo menos 500 metros de qualquer órgão público. A notificação alega (e revalida) o interdito proibitório do ano passado, quando nós estávamos em um movimento em frente ao Socorrão e se descumpríssemos, o sindicato pagaria multa diária de R$ 10 mil”.
Ela disse que a assessoria jurídica do Sindsaude está analisando o documento e, por enquanto, a recomendação é recuar, “mas após uma decisão do departamento, esperamos que favorável a classe, a saúde também deve ir às ruas”.
Janete classifica a notificação de atitude abusiva e anti sindical, deixando a categoria oprimida, já que “o reajuste, usando uma linguagem rasteira, foi colocado garganta abaixo para a gente aceitar, se quiser, os R$ 10,00 em vale alimentação e os 8% de reajuste. A categoria não está conformada”, desabafou a representante.
Fonte: Correio Popular