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Enfermeiras envolvidas em rapto de criança se negam a prestar depoimento





Danielly é acusada de ser a mentora do rapto



Caladas. Assim permaneceram a técnica em enfermagem Maria do Carmo Vieira dos santos e a auxiliar de enfermagem Hormígida Oliveira Muniz durante todo o tempo do depoimento que deveriam prestar na manhã de ontem. Alegando o direito de permanecer caladas e só falar em juízo, as duas não responderam nenhuma das perguntas que foram feitas pela polícia. Maria do Carmo e Hormígida são acusadas de participação na retirada da recém-nascida Clara Fernanda Jurema Dutra da Santa Casa de Misericórdia no último dia 6. De acordo com a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), o rapto da menina teria sido meticulosamente planejado juntamente com a também técnica em enfermagem Danielly Alves Diniz, 25, presa enquanto tentava registrar a criança em seu nome no cartório da maternidade Benedito Leite com uma declaração de nascido vivo furtada do berçário da Santa Casa. Clara seria registrada com o nome de Isabela Diniz. Ante à negativa das duas em responder às perguntas, a delegacia tentou ainda uma acareação, mas as três envolvidas se recusaram a ficar frente a frente. Em sucessivas entrevistas, Danielly repetiu que não sabia que a criança era roubada e acusou Maria do Carmo e Hormígida de serem as responsáveis pelo crime.

Entraves
Para o delegado Milton Pereira, que está concluindo o inquérito policial sobre o caso, a negativa das enfermeiras em depor dificulta uma melhor apuração das circunstâncias do dia do desaparecimento de Clara Fernanda. Mesmo assim, apenas a atitude das duas durante os dias que antecederam a prisão de Danielly já seria suficiente para indicia-las.
“Elas abandonaram o plantão no dia do desaparecimento da criança e permitiram a entrada da Danielly no hospital diversas vezes. Só isso já basta para incriminar as duas”, garantiu o delegado. No curso das investigações, Maria do Carmo e Hormígida foram chamadas pelo menos duas vezes para interrogatório. Em ambas as ocasiões, elas negaram que qualquer pessoa em atitude suspeita tenha entrado no hospital nos dias que antecederam o rapto. O inquérito deve ser encerrado na sexta-feira, com o indiciamento de Danielly, Maria do Carmo e Hormígida, que desde o dia 20 estão presas em caráter preventivo. Danielly está no 13º Distrito Policial, no Cohatrac; Maria do Carmo e Hormígida, no quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros, no Bacanga. Agora, a família de Clara Fernanda aguarda apenas o resultado do exame de DNA que deve confirmar em definitivo a origem da criança. Previsto inicialmente para ser divulgado em quarenta e oito horas, o prazo foi estendido para cinco e, posteriormente, para dez dias. Há vinte dias no hospital, os pais da recém-nascida só querem voltar para casa. “Já temos vinte dias de sofrimento naquele hospital, todo mundo só está esperando isso”, queixou-se a avó de Clara Fernanda, Berenice Garcez. (O Imparcial)

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