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Motorista embriagado mata agente de saúde em Santa Luzia

A comunidade do povoado Vila Boa Esperança I, distante 160 km da sede do município de Santa Luzia, está revoltada com a morte da agente comunitária de saúde, Lorenilde dos Santos Abreu, 31 anos. Ela trafegava de bicicleta na quinta-feira (20) pela rodovia MA-006, na altura do km 58, quando retornava por volta das 11h do trabalho, sendo colhida de forma violenta por um caminhão madeireiro da marca Chevrolet, sem placas, conduzido por Francinaldo Santos da Silva, de 23 anos.
Bira, como é mais conhecido o motorista, reside na Avenida Sousa Lima, vizinho ao Faizão Clube, no povoado Faisa, distante 25 km do local do crime. Ele estava em visível estado de embriaguez alcoólica quando matou a agente comunitária de saúde. No interior do caminhão, abandonado em uma das aldeias indígena da tribo Guajajara, a comunidade encontrou uma garrafa de bebida alcoólica. O motorista ainda encontra-se homiziado na mata e não era habilitado, de acordo com testemunhas.
"Já comunicamos o ocorrido à delegacia de polícia de Santa Luzia, mas ninguém apareceu até o momento para fazer o levantamento do crime", denunciou o cunhado da vítima Antônio Oliveira de Abreu, lembrando que o fato também é de conhecimento da polícia de Arame, distante apenas 28 km da Vila Boa Esperança. "A inércia da polícia poderá resultar em impunidade, assim como aconteceu com outros episódios", disparou.
O crime abalou a comunidade que apreendeu o caminhão madeireiro, deixando-o com os pneus furados ao lado do pátio da igreja católica, até que a perícia compareça a cena do crime para iniciar as investigações e prender o acusado que provocou a morte da agente comunitária de saúde. "Vamos lutar por justiça. Queremos a presença da polícia, caso contrário iremos fazer diversos protestos na rodovia MA-006", disse o lavrador Francisco Biata, pai da vítima.
Lora era casada com o lavrador Antônio Carlos Oliveira de Abreu, 30 anos. Ela deixou dois filhos: Tainar dos Santos Abreu, de 8 anos, e Carlos Henrique Santos Abreu, de 4 anos. A família morava na Vila Boa Esperança I, município de Santa Luzia, mas que fica distante apenas 30 km da cidade de Arame.
SINALIZAÇÃO
A rodovia MA-006, no trecho que interliga o entroncamento da BR-222 ao município de Arame, é considerada precária, sem sinalização, cheia de buracos e parte da estrada não possui pavimentação asfáltica. A rodovia é conhecida como o "corredor da droga", do "roubo de cargas" e da "extração ilegal de madeira da reserva indígena Guajajara".
Além disso, a ausência da polícia na região faz aumentar o desrespeito à legislação de trânsito: motoristas sem habilitação, veículos velhos e sem condições de trafegar pelas rodovias MA-006 e BR-222. Basta ficar algumas horas às margens da rodovia para observar a quantidade de veículos irregulares trafegando pelas rodovias do Maranhão.

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